quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Há quem lhe chame outono...

São velhas as que caem sem jeito, sem destino e sem proveito,
Maduras de uma vida que já foi!
São secas de um fulgor já esquecido, de um esplendor maior,
de uma beleza de ontem!
São perdidas entre raios de sol e gotas de orvalho,
batidas por chuvas e ventos da memoria.
E no fim, são história de uma paisagem,
retratos de um momento que passou.

Mas ainda que estas velhas amarelas, que verdes foram e viveram,
sejam hoje nada mais que triste queda!
Amanhã será de novo a primavera, e depois destas,
novas, suas, a árvore dá!
E o destino, assim escondido, reaparece... E a alma humana, assim espelhada,
de novo nasce...
E a cada exemplo, que a cada passo, vemos passar,
resta a esperança, de que quem vê, um dia aprende!

Não vale tudo para que verde te mantenhas... Não vale nada tentar sequer,
não tens poder!
Vive inteiro a cada sopro da tua vida... Porque amarelo é ser maduro,
não é escolher!

JCF