quinta-feira, 1 de agosto de 2013


tudo que é nada, ou pouco menos.

Ondulas por entre linhas que são retas
De certezas que um dia alguém sonhou.
E contas outras tantas e discretas
Fortes, a rebate, e patetas,
Dores de um futuro que passou.

Serpenteias por um chão frio e cinzento
Doente de um gelado raciocínio.
E esqueces ser feliz pelo momento
Numeral, decimal, quadradento
Passando por ti já sem fascínio. 

Mas a vida que sonhas e suspiras 
É uma só, e toda ela em ti mesma
É a tua, és tu, esses destinos
A cada um dos mundos que viajas
À dor, que fugindo, recuperas
A tudo, que é nada, ou pouco menos.

Vive no fôlego do amor
Esse que te tira a lucidez
E te dá louca luz sangue e calor,
Vida, batida e fulgor
Num infantil sorriso...
Outra vez!

Para que nada seja tudo, ou pouco mais.