É quando nos esforçamos por perceber que compreendemos que não somos capazes, não
está ao nosso alcance.
E quanto mais incessante é a busca, penoso o caminho,
estridente a dúvida, mais convicta é a certeza que sobram interrogações…
É assim, e não me perguntem porquê. Essa é uma das inquietações do processo.
Na verdade somos mais o que resta do que não escolhemos do
que o que resulta das nossas decisões.
Somos sobretudo o que a vida escolheu para nós, e pouco do
que escolhemos para a vida!
As sobras do mundo, e da vida, levam-nos para caminhos que,
no fundo, nos parecem as rotas que preferimos, sem nunca admitirmos que este
campo onde jogamos não é nosso…
E é no aventuroso caminho do descobrimento que testamos os
nossos limites… na noção plena, ou não, que o limite maior somos nós próprios.
Podia ser diferente, mais leve, mais aveludado, mais
saboroso.
E é quando deixamos que a vida viva por nós, sem sequer questionar… que tudo se simplifica, estupidamente!
Mas se mergulhamos na profundidade de nós, do mundo e do sentido…
Então, então sobram fantasmas, escuro e infinito… Falta sentido, sentidos e
paz.
E talvez seja essa a nossa maior aventura…
E talvez seja essa a nossa maior aventura…